The Perks of Being a Wallflower

Nós éramos infinitos.

Foi dada a largada para o roteiro cultural do carnaval, ontem teve filme pro Valentine's Day e hoje tem resenha 2 em 1 do livro e filme As vantagens de ser invisível. O livro de Stephen Chbosky fez tanto sucesso que virou filme, cujo diretor é o próprio Stephen. A história ficou tão pop que virou até tatoo.

Nós aceitamos o amor que julgamos merecer.

O filme é inteligente, sensível e real, ao invés de comédias pastelões, princesas ou contos de fada: dramas reais. Depressão, suicídio, homossexualismo, aborto, bullying  e outras situações típicas da adolescência, mas devido a sua complexidade, esse filme não é só para adolescentes. O protagonista Charlie perdeu seu único amigo, que se suicidou, e passou por uma depressão e está aflito com o início do colegial. Tudo muda quando ele conhece Patrick e Sam que o levam para uma vida divertida e emocionante. Outro motivo para o sucesso do filme é que o os personagens coadjuvantes também são interessantes.

O filme é um pouco atemporal, apesar das referências dos anos 80 e 90, poderia ocorrer hoje. O filme é recheado com uma trilha sonora deliciosa com New Order, The Smiths e David Bowie. Apesar de o filme ser ótimo, sua distribuição não foi das melhores, por aqui não foi fácil de assistir; apenas um cinema, na sessão cine cult com horário de exibição bem restrito. Incompatível com o livro, que foi um dos mais comentados em seu lançamento. O livro é uma coletânea de cartas que Charlie escreve a um amigo (imaginário ou não), mas é só ele quem escreve, assemelha-se a um diário. Ele é tão introvertido, que é quase invisível: na escola, em casa... No livro é tudo mais intenso do que no filme, mesmo assim ele flui com leveza e é uma delícia de ler. 

Boa leitura, bom filme e let's go be psychos together (vamos ser loucos juntos)! Confira o combo de exposições, A vida secreta de Fidel e as aventuras de Becky Bloom.