05/07/2015

Solidariedade x acessibilidade

Recentemente eu quebrei o pé e tudo, absolutamente tudo tornou-se muito difícil. Quem tem algum tipo de restrição ou deficiência sabe muito bem disso e eu pude sentir na pele. Decidi escrever o post para que sirva de reflexão, costumamos ser ingratos. Somos perfeitos e não nos damos conta da importância de muitas coisas até sermos privados delas.


A dificuldade veio desde o início, quebrei o pé e precisei voltar dirigindo para casa; era final de semana e ao sair da emergência nenhum dos locais que tem produtos ortopédicos estava aberto, nem mesmo o que dizia ter plantão atendeu. Com sorte e amigos que passaram situações semelhantes consegui as muletas, mas aqui vai a dica de ouro para os marinheiros de primeira viagem: não é só isso. Antes de voltar para casa certifique-se de que tem tudo de que precisa, especialmente para tomar banho; recomendo banquinhos, saco de lixo e fita crepe larga.

Imagem de sweetcare.

Outro ponto importante providencie espumas, tecido fofo ou algo assim e personalize sua muleta: faz diferença. Eu não usei, mas você pode tentar o andador e sem dúvida se você precisar sair muito uma cadeira de rodas. Sair é uma verdadeira maratona: rampas, escadas, guias, calçadas quebradas e até mesmo falta de empatia. Sai o mínimo possível, estive em instituições públicas e privadas, achei o atendimento nas públicas melhor; mas felizmente há pessoas solidárias e dispostas a ajudar. A acessibilidade no Brasil não é fácil, confira a reportagem de três brasileiras testando a acessibilidade no exterior (vídeo).


Ações cotidianas como se vestir, tomar banho ou subir degraus podem ser difíceis para outras pessoas como, por exemplo idosos, você pode testar isso sem precisar quebrar um pé, foi o caso de um hospital que decidiu conscientizar seus funcionários sobre essa questão, confira o vídeo.

Imagem da folha.

Falando em hospital, o humor e a empatia dos enfermeiros faz toda a diferença. No meu primeiro atendimento foi uma senhora, ela foi apertando o meu pé e deixou a tala de qualquer jeito. As bordas são grosseiras estavam machucando e dificultando o movimento já limitado, voltei na emergência e dessa vez fui atendida por um rapaz super querido, atencioso e preocupado. Poxa, se a pessoa trabalha com saúde, com pessoas; precisa ter amor ao próximo e tratar bem. Pronto, desabafei. Então, procure ser grato pelas pequenas coisas na vida, seja paciente com seus avós e estenda o braço para ajudar quem precisa, faz bem!

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